Mercado imobiliário pode aquecer pela queda da Selic
O Banco Central no intuito de estimular a economia durante a crise provocada pela pandemia cortou a Selic pela nona vez consecutiva. De 2,25% para 2% ao ano, a medida reduz consideravelmente o custo do crédito.
Ou seja, alcançamos a menor taxa de juros da história do Brasil, estabelecida em 2% ao ano pelo Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central.
O que isso significa?
Que provavelmente o mercado imobiliário será impulsionado porque ao reduzir as taxas de financiamento para aquisição de imóveis fica muito mais fácil.
“Essa taxa baixa é como se o Banco Central dissesse aos consumidores que, os que têm alguma reserva de dinheiro, consumam, já que o juros estão baixos demais para investir. Um ótimo exemplo disso é o mercado imobiliário que está surpreso com a boa desenvoltura e tende a ficar ainda mais”, explica o economista Alex Araújo.
Para ele, a nova taxa, além de fomentar o consumo ainda incentiva a contratação de crédito mesmo com alguma resistência dos bancos em concedê-las durante a crise.
“O efeito dessa taxa em 2% deveria ser sentido por todos, mas deve ser mais palpável a alguns, principalmente os investidores, que serão muito abalados pela retração da renda fixa; as empresas, com uma possível facilidade no acesso ao crédito; e os bancos, que são os pagadores”, aponta Alex.
Uma aplicação financeira que renda 100% da Selic atual nos próximos 12 meses terá resultado abaixo da inflação esperada pelo mercado. De acordo com o relatório Focus do Banco Central desta semana, a previsão é de inflação em 1,63% no fim de 2020. O número está abaixo da meta de 4%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).